...Tempo de vivas! Do lado de cá, festejos no Almanaque; do lado de lá, festanças, folguedos, bailados e saudações de um Brasil brincante. Daqui prali e de lá pracolá, a mesma alegria pura, cheia de vida. Para despregar os pés do chão, sons de chocalho, reco-reco, cuíca, flauta, cavaquinho, tamborim e pandeiros. É hora de se embelezar – ou se empavesar, como também se diz – com muita lantejoula, fita, máscara, cocares, penduricalhos, cores e brilhos. Comemorações para lembrar ou só pra fazer traquinagens. São heranças de índios, africanos e europeus. Mas em versão nossa. Pra virar rei, marujo, boi ou cavaleiro. De foliões solitários a blocos; de cordões e cortejos a escolas. Em nova e delirante ordem/desordem, como definiu o etnofotógrafo Pierre Verger. Tudo para arrebatar, instaurando o sonho. E um pouco mais.
Morgana Machado
Nenhum comentário:
Postar um comentário